MÚSICA COMO FERRAMENTA DE CURA
Geae cria coral para alegrar e também beneficiar o atendimento oferecido pela Casa
Da Redação
“É a oportunidade de termos um grupo vocal para ajudar no trabalho de cura e acolhimento dos nossos irmãos, harmonizando o ambiente com músicas que acalmam e amparam os que realmente precisam”, explica Tatiana Lobo, professora de música responsável pelo projeto. Ela é uma das trabalhadoras da Casa que colabora tocando piano aos sábados, preparando o ambiente para a palestra. A música tem sido usada pelo Geae também nas terças-feiras, com a condução do companheiro Antonio Ribeiro tocando e cantando ao vivo.
A arregimentação de vozes para o Coral do Geae tem sido feita nas tardes de sábado e a expectativa é formar um grupo com 20 pessoas, bem equilibrando sopranos, contraltos, tenores e baixos. “O repertório será composto por músicas espíritas e de compositores espiritas para divulgarmos a doutrina. A ideia é aproveitar peças que favoreçam o trabalho de cura e a harmonização do ambiente”, diz Tatiana. O Coral do Geae está aberto também para os frequentadores da Casa, independente de vínculo. Professora de música há 12 anos, ela espera produzir resultados em até quatro meses após a formação do grupo. “Montar um coral é um desafio, mas também um prazer enorme”, comenta, sem esconder o entusiasmo. “Eu espero que esse trabalho seja gratificante para todos”.
EM ASCENSÃO – O uso da música como ferramenta terapêutica vem crescendo lentamente, mas com consistência, nas Casas espíritas do Distrito Federal. Uma das consequências é o surgimento de diversos côros, movimento acompanhado de perto pela Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF). “A FEDF apoia a atividade musical, no sentido de elevação espiritual de cada participante e da divulgação da doutrina espírita através da arte”, afirma Fabiana Menezes, coordenadora do Coral Unicanto. “São muitos os centros que utilizam a linguagem musical em suas atividades, como aulas de evangelização infantil e juvenil, harmonização de ambiente antes do início de palestras públicas e eventos beneficentes. A música é um veículo que, quando bem utilizado, pode não somente nos ensinar, mas também levar alegria e consolo àqueles que a ouvem”, acrescenta.
Segundo a FEDF, hoje estão em atividade cerca de 12 grupos no Distrito Federal, sejam corais ou côros espíritas. “O número de participantes varia bastante. Temos côros com cerca de 45 pessoas, mas temos também côros com 20 pessoas. Tomando como base a participação nas atividades conjuntas, temos nove casas espíritas com atividade coral”, informa Fabiana. Na foto acima, corais espíritas se juntaram para abrir o Terceiro Congresso Espírita do DF, realizado em Brasília no mês de abril. Com mais de 200 vozes no palco, a apresentação foi um dos momentos mais emocionantes da noite.
Segmento com grande potencial de expansão no DF, o coral espírita é uma experiência que vem de longe. Segundo dados da FEDF, o primeiro côro de que se tem notícia foi criado em 1965, quando a professora Laura Conde fundou e conduziu um grupo chamado Madrigalzinho. Esse grupo, com cerca de 10 pessoas, fazia apresentações na Comunhão Espírita e foi desfeito no final dos anos 1970. Em 1979 foi fundado o Coral Irmã Scheilla, no CEFAK (Centro Espírita Fraternidade Allan Kardec – Taguatinga Sul), pela regente Cordélia Silveira. “Podemos dizer, então, que o primeiro côro efetivamente espírita foi o Irmã Scheilla, que está em atividade até hoje, sem interrupção, com a mesma regente”, conta Fabiana Menezes.
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