CONCENTRAÇÃO MENTAL E CONCENTRAÇÃO MEDIÚNICA

376x25012.09.13 – CONCENTRAÇÃO MENTAL E CONCENTRAÇÃO MEDIÚNICA – Pontos evidenciados: definição e diferenças da concentração mental e mediúnica; a mente e a fixação de ideias; o transe e as oscilações: consequências; técnica de concentração; a busca do ideal.
A – “Ora, se os amigos encarnados não tomam a sério as responsabilidades que lhes dizem respeito, fora dos recintos de prática espiritista, se, porventura, são cultores da leviandade, da indiferença, do erro deliberado e incessante, da teimosia, da inobservância interna dos conselhos de perfeição cedidos a outrem, que poderão concentrar nos momentos fugazes de serviço espiritual? (Os Mensageiros, cap. 47 – No Trabalho Ativo*).
A1 – Concentração: em geral, é a fixação da atenção em uma determinada imagem ou ideia, num ato mecânico da mente. André Luiz amplia o significado do termo, dando-lhe nova dimensão: a concentração teria ligação direta com os pensamentos e o comportamento que se adota no dia-a-dia.
A2 – Assim, a concentração não é simples hábito de manter a atenção naquilo que se realiza, mas seria o resultado de uma vida regrada. É resultado de crescimento moral!
A3- Por esse raciocínio, temos duas modalidades de concentração: a mental e a mediúnica. A primeira, de natureza técnica, que advém de exercícios habituais (vide exercícios realizados); e a segunda, como resultado de uma vida espírita-cristã.
A4- Na concentração mediúnica, o médium deve se acostumar a manter a mente num objetivo, que é a reforma interior, auferindo, com isso, a presença, a assistência e a sintonia com os bons Espíritos, estruturando uma consciência isenta de graves preocupações. É o vencer-se a si mesmo, na satisfação da responsabilidade que o conhecimento espírita proporciona.
A5- A concentração mediúnica, como definida pelo autor espiritual, é condição para um transe sem oscilações. Na ausência da eficaz concentração, a mensagem espiritual será imprecisa.
A6- As observações de André Luiz confirmam a prática: os médiuns novatos sentem dificuldade em manter a mente focada durante toda a sessão mediúnica. Muitos alegam que, no diminuir das luzes, não conseguem impedir a fuga dos pensamentos!
A7- Conclusão: para ser um médium de boa qualidade, o médium deve praticar as duas formas de concentração.
A8 – Somos médiuns limitados e os Espíritos superiores sabem disso. Eles esperam de nós o trabalho que nos estimula ao empenho na conquista do mundo superior.
*Cap 47 – No trabalho ativo – Mostra como médiuns novatos em conhecimentos evangélicos causam desarmonia na reunião mediúnica. A concentração em trabalhos de natureza espiritual é definida e porque alguns pedidos nem sempre devem ser atendidos… para o bem do próprio necessitado.
Pontos evidenciados sobre a concentração:
01. “A interpretação de Bentes era recebida com respeito geral, no círculo das entidades desencarnadas”. Obs: nossas ações e palavras serão recebidas com autoridade moral ou não, dependendo de nosso exemplo.
02. Os encarnados tinham instabilidade de pensamento, apresentando ansiedade… vagavam muito longe dos comentários edificantes..imagens mentais.. o que perturbava a corrente vibratória e às vezes a comunicação da médium, bem como a inspiração do comentarista. Obs: a compulsão. Lembrar de Kardec e o falso São Luiz.
03. O ritmo era restabelecido pelos colaboradores espirituais, quando possível… obs: imagine o ambiente do Centro, com deselegância, brigas…
04. A concentração na tarefa espírita tem que ser precedida do preparo diário, fora do Centro Espírita, abstendo-se da leviandade, indiferença, do erro deliberado e incessante, da teimosia, da inobservância interna dos conselhos de perfeição cedidos a outrem… Boa concentração exige vida reta.
05. Resultados concretos da reunião só acontecem por causa dos trabalhadores espirituais, ao despertarem os sonolentos e reajustamento o pensamento dos invigilantes, para neutralizar determinadas influências nocivas.
-ESTEREOSCOPIA – concentração mental ou concentração mediúnica?
A estereoscopia : No O Livro dos Espíritos (Ensaio teórico sobre as sensações entre os Espíritos ) há o relato sobre a visão do Espírito, com seu caráter global, o que significa acontecer (a visão) em toda a organização órgano-psíquica, sem especializações rigorosas, como no organismo físico. Além do mais, vivendo em um meio de quatro dimensões (o mundo espiritual imediato à crosta terrestre) todas as sensações devem acontecer em configurações tridimensionais, sendo tratadas pela mente espiritual como um conjunto tetradimensional. Nesse mundo tetradimensional dos Espíritos, a visão deverá ser recebida pelo corpo espiritual como uma imagem tridimensional, mas o cérebro espiritual a tratará numa perspectiva quadridimensional, isto é, a visão abarcará o conjunto do objeto, como se visto de todos os ângulos, simultaneamente, dando-lhe também destaque de proximidade.
.Sobre o assunto, manifestam-se Espíritos recém desencarnados:
“A paisagem era plana e ondulada, muito semelhante, sob certos pontos de vista, às belezas rurais de meu querido país natal… Porém, o detalhe mais maravilhoso do panorama contemplado consistia nisto: que os objetos afastados não pareciam de modo algum diminuídos em suas proporções, por efeito das distâncias, como sucede no meio terrestre. A perspectiva se apresentava literalmente transformada. E não era tudo, pois que verifiquei então que percebia simultaneamente os objetos por todos os seus lados e não unicamente do lado exposto ao meu olhar, como sucede no mundo dos vivos. Esta faculdade de visão amplificada e aperfeiçoada produz efeitos maravilhosos. Quando se observa a superfície exterior de um objeto qualquer, vê-se-lhe o interior, o contorno e, através dele, o que lhe está além, donde resulta que a visão espiritual põe o observador em condições de penetrar literalmente o objeto observado.”.
Aqui vemos o objeto simultaneamente de todos os lados. Quer dizer que, quando olhamos uma coisa qualquer, não a vemos somente como vedes: penetramo-la em todas as suas partes. Vemos em torno e através dela, o que faz que cheguemos, num instante, a ter conhecimento completo do que nos possa interessar (in A Crise da Morte, Ernesto Bozzano). (destaquei).
Assim, a visão quando no mundo espiritual estivermos, será a resultante da capacidade de perceber e elaborar mentalmente o quarto vetor dessa dimensão. Daí resulta que no mundo espiritual adquirimos a capacidade de ver dentro e através das coisas, bem como de percebê-las em suas dimensões reais, apesar da distância.

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