DIÁLOGO E ACOLHIMENTO NO COMBATE À DROGA
Geae cria grupo de auto-ajuda e prepara nova ação social
Da Redação
A implantação do Grupo de Apoio do Geae foi deflagrada em abril e está em seu estágio inicial. Conta com o apoio e suporte de um grupo mediúnico que se reúne aos sábados à noite, recebendo assistência espiritual como passe e desobsessão, e a parceria da Comunhão Espírita, que tem transmitidoaos primeiros facilitadores a experiência acumulada e os recursos necessários ao atendimento. O apoio a dependentes químicos é um dos atendimentos oferecidos pelo centro parceiro. No Geae, o grupo começou com reuniões nas noites de sexta-feira para conhecer a metodologia do trabalho e praticá-la, atualmente os encontros acontecem aos sábados a partir das 9 horas da manhã.
A Comunhão tem hoje três grupos dedicados a esse atendimento, por onde passam cerca de 3.600 pessoas por ano. A Casa também organiza seminário anual sobre dependência química, com a presença de especialistas no tema – a nona edição será em 20 de setembro próximo, com o tema “O familiar, o amigo – Fortalecê-los para melhor ajudar”. O atendimento tem por prioridade dependentes químicos (drogas, cigarros, álcool, medicamentos etc), mas outros tipos de dependência são aceitos. “Como todo grupo de auto-ajuda, o trabalho tem como premissa a troca de experiências sem intervenção ou julgamento”, diz Ruth Daia, coordenadora dos grupos de dependência química da Comunhão Espírita de Brasília. O acesso é livre: o frequentador pode comparecer aos encontros sem marcar previamente. “É um espaço de diálogo e compartilhamento. No Geae também será assim”, comenta Ana Paula, que participou de reuniões na Comunhão Espírita como observadora.
A experiência acumulada comprova, segundo Ruth, que o amparo aos dependentes e seus familiares tem etapas bem claras: há que passar pela identificação e aceitação do problema para alcançar a possibilidade de ajudar o dependente a enfrentar o vício. É consenso entre os atuais frequentadores do grupo, que estão em processo de capacitação, que o familiar também adoece e que o apoio ao dependente exige o amparo também da família. “É preciso valorizar o ser humano para além do problema e fortalecer-se pessoalmente”, dizem. “Não é possível ajudar se não conquistar o próprio equilíbrio antes”.
Maiores informações: falecom@geae.org.br