EDITORIAL ABRIL-2017

Na manhã de 18 de abril de 1857, na Galeria D’Orleans, em Paris, França, o pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail influente educador, autor e tradutor francês, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais, sob o pseudônimo de Allan Kardec notabilizou-se como codificador da Doutrina Espírita ao lançar a 1ª edição de “O Livro dos Espíritos”, obra basilar da Doutrina Espírita.

Entre 1853 e 1854 surgiram no Brasil notícias sobre os fenômenos das “mesas girantes” que ocorriam principalmente nos Estados Unidos da América e na Europa, publicadas no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, do Diário de Pernambuco, de Recife, e em O Cearense, de Fortaleza. O Grupo Familiar de Espiritismo foi o primeiro Centro Espírita do Brasil, fundado em 1865, na cidade de Salvador, Bahia.

O avanço do espiritismo no Brasil foi notável desde os primeiros anos, como o próprio Kardec festejou em uma edição de 1864 da Revista Espírita, quando afirma com satisfação “que a ideia espírita faz progressos sensíveis no Rio de Janeiro, onde ela conta com numerosos representantes, fervorosos e devotados”. 

O espiritismo nunca deixou de crescer no Brasil. Levantamento do IBGE feito em 2010 apontou 3,8 milhões de espíritas declarados no país. Estima-se que outros 40 milhões sejam simpáticos a ideias espíritas, sobretudo à reencarnação. Segundo a Federação Espírita Brasileira, mais de 14 mil entidades espíritas estão em funcionamento, entre hospitais, escolas e centros, números que não deixam dúvidas de que a doutrina de Espírita encontrou no país um singular e fértil terreno para prosperar.

Comemora-se no dia 18 de abril, o Dia Nacional do Espiritismo, data instituída através do Decreto Lei 291/2007, de autoria da Deputada Federal pelo Ceará, Gorete Pereira, aprovada em 2007, por ocasião das comemorações dos 150 anos de “O Livro dos Espíritos” e, por conseguinte do Espiritismo.

Essa data convida-nos à união para uma divulgação coesa do ideal espírita. Sem amor e fraternidade qualquer chama se apaga, sem união as ideias se dispersam, com o Espiritismo não é diferente. O Dia Nacional do Espiritismo deve celebrar a amizade dos espíritas para que essa data se imortalize, ficando além dos calendários e perpetuando-se pela ação espírita em prol da construção de um mundo melhor. O livro espírita é um chamado à instrução, o Dia Nacional do Espiritismo um chamado à união, conforme ensinou o Espírito de Verdade: “Espíritas Amai-vos, Espíritas Instrui-vos”.

 

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