GEAE INICIA REFORÇO ESCOLAR PARA CRIANÇAS NO DF

Projeto Aprender começa com turno matinal e aposta na educação como vetor de crescimento

O turno escolar está começando não apenas nas escolas do Distrito Federal. Após meses de preparação cuidadosa, o GEAE inicia em fevereiro o Projeto Aprender, que vai oferecer acompanhamento escolar para crianças entre 06 e 10 anos de idade na sede da Casa, no Guará. Sonho antigo, essa iniciativa contempla objetivo estratégico do GEAE de cultivar e oferecer educação de qualidade para favorecer a cidadania e o crescimento de crianças e adolescentes. Para isso, foram preparadas salas e selecionado um grupo de voluntários com experiência em pedagogia. O Projeto Aprender é o tema da entrevista concedida por André Campos, diretor do Departamento de Assistência e Promoção Social (DAPS) e do Departamento de Projetos Sociais (DPS) do GEAE. Inspirado por Joana de Ângelis, mentora espiritual do médium Divaldo Franco, ele afirma que a educação é um ato de amor e coloca as crianças em situação de vulnerabilidade social como prioridade do trabalho. Leia os principais trechos da entrevista:

O que é o Projeto Aprender e quais seus objetivos?

André Campos – O GEAE realizará serviços voltados para a política pública de assistência social, na proteção social básica, para crianças de 06 a 10 anos de idade, denominado serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (SCFV), desenvolvido no contra turno escolar. O objetivo é proporcionar às crianças assistidas um ambiente em que possam trabalhar as suas potencialidades através de acompanhamento escolar, atividades recreativas, inserção digital e atividades culturais (música, teatro etc), oferecendo alimentação saudável no inicio das atividades.

A quem se destina e como será a rotina? O que o GEAE vai oferecer?

A.C. – Nossa expectativa é atender, em primeiro lugar, a própria demanda da região, trabalhando com crianças envolvidas em vulnerabilidades pessoais e sociais devido às desigualdades de oportunidade, renda e acesso às políticas públicas. O projeto vem ao encontro destas necessidades de famílias e comunidades, que são localizadas através de busca ativa ou procura espontânea tanto no CRAS como na instituição, ensejando o planejamento de acordo com as necessidades por elas trazidas. As avaliações se realizam diariamente através do reflexo em aderir ou não ao proposto, acolhendo as sugestões, criticas e solicitações nas salas de aula, nos grupos de trabalho, nas dinâmicas, em instrumentais de avaliação, em assembleias, tanto com as crianças, como com as famílias. Inicialmente atenderemos no turno da manhã, de 07:30 às 11:30, com café da manhã reforçado, atividades lúdicas e culturais com foco na constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvendo o protagonismo e a autonomia das crianças, a partir dos interesses, das demandas e das potencialidades dessa faixa etária.

Quando as atividades terão início?

A.C. – As atividades acompanharão o calendário escolar. Estamos nos preparativos finais de arrumação das salas e regularização junto ao Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS) e ao Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA).

É uma extensão da Evangelização?

A.C. – Não. É um trabalho sócio-educativo de fortalecimento de vínculos e convivência, buscando oportunizar valores que fortaleçam e despertem o prazer de viver em comunidade, a importância da vida, a aposta em si mesmo dentro de padrões sociais solidários e cooperativos.

Como o GEAE preparou essa ação e quantas pessoas estão envolvidas?

A.C. – Deste 2014, o GEAE se prepara para iniciar o Projeto Aprender. Visitamos outras casas espíritas com projetos semelhantes e amadurecemos as nossas ideias. Hoje, contamos com voluntários que nos ajudam na formatação dos formulários necessários ao cadastramento e acompanhamento das famílias assistidas, na preparação dos murais que enfeitam as nossas salas, no planejamento das aulas de música, teatro e artes. Contaremos também com o auxilio de estagiários dos cursos de pedagogia e psicologia.

Qual o perfil dos voluntários?

A.C. – Nossos voluntários são educadores sociais (pedagogos, psicólogos, mães, pais, adolescentes etc) que percebem na criança um ser em desenvolvimento, sujeitos e destinatários de proteção integral. Que sabem que toda atenção dada à criança significará a garantia de uma sociedade melhor e mais justa.

Como serão custeadas as despesas?

A.C. – O GEAE custeará todas as despesas e para isso, estará contando com o apoio dos frequentadores, da comunidade e de empresários que queiram contribuir. Tão logo seja possível pretendemos firmar parceria com a SEDSH e demais políticas públicas para ampliarmos o atendimento.

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Reunião inaugural do projeto Aprender no GEAE em 2015


Qual o sentido de trazer ações pedagógicas para dentro da Casa espírita e como esse projeto se insere no planejamento estratégico do GEAE?

A.C. – Joanna de Ângelis, no livro Estudos Espíritas, nos diz que “o Espiritismo dispõe de vigorosos recursos para a edificação do templo da educação, porquanto penetra nas raízes da vida, jornadeando com o espírito através dos tempos, de modo a elucidar recalques, neuroses, distonias que repontam desde os primeiros dias da conjuntura carnal, a se fixarem no carro somático para complexas provas ou expiações. A educação encontra no Espiritismo respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver (…).” A Educação é um ato de amor porque só o amor educa, só a ternura faz as almas crescerem no bem e, o GEAE, sensível a esta necessidade de proteção e amparo das crianças, abre suas portas à missão de abrigá-las.

Que sentimento envolve esse novo projeto?

A.C. – De esperança e de profunda alegria. Parafraseando os amigos espirituais, quando dizem que quando o trabalhador esta pronto, o trabalho aparece, o GEAE encontra-se hoje maduro espiritualmente para dar esse importante passo.

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