“PRECISAMOS FAZER DO GEAE UM LAR DE AMOR, DE ACOLHIMENTO, DE ENCONTRO COM O EU”
Em face de sua experiência à frente da Diretoria de Comunicação e a da Infância-Juventude como você vê o movimento espírita em nossa região?
Sinto que há grande necessidade de união das casas espíritas da região a fim de favorecer a integração dos trabalhos e o fortalecimento do movimento. Essa integração propicia a troca de informações a respeito das dificuldades e facilidades, apoio mútuo, definição e trabalho em prol de objetivos em comum. Atualmente as casas trabalham de maneira muito isolada, cada uma com seus problemas. Além disso, há falta de trabalhadores, recursos materiais, capacitação e consciência dos dirigentes quanto a essas necessidades.
Por que você se candidatou à presidência do GEAE?
Inicialmente não estava em meus planos ser presidente do GEAE. Meu nome foi indicado por alguns trabalhadores da casa e, após alguns meses de reflexão sobre o convite, decidi aceitar o desafio e trabalhar em prol do movimento. Tenho grande anseio em ver as pessoas trabalhando em conjunto, preocupadas com o movimento, embasadas na Doutrina Espírita, trabalhando por objetivos em comum. Acredito que posso contribuir com isso, não como peça essencial para que isso aconteça, mas como simples trabalhadora do movimento, dando a minha contribuição.
Quais os seus objetivos como presidente do GEAE?
Pretendo executar minha atividade e objetivos em conjunto com os demais membros da diretoria e seus setores. Sabemos das dificuldades que é administrar uma casa do porte do GEAE, com grande número de atividades, o crescente número de frequentadores e com poucos voluntários. A nova diretoria está elaborando um plano de trabalho para nortear as ações, embasar o Conselho e manter os voluntários e frequentadores informados do andamento do processo.
Em que consiste esse plano de trabalho?
O plano de trabalho será composto de três fases: o levantamento de informações sobre o funcionamento e a criação de um novo plano de ação para atender essas expectativas. Com a experiência adquirida ao longo dos anos, nas funções que desempenhei na instituição, obtive experiência de trabalhar em coletividade, conhecendo as dificuldades e a alegria que essa coletividade pode trazer e isso com certeza nos auxiliará na tomada de decisões.
O que é preciso mudar no GEAE?
Não tenho o direito de fazer nenhuma crítica a nenhuma diretoria anterior, já que todas tiveram pontos muito positivos e algumas dificuldades inerentes à nossa falta de condições de fazer melhor. Sinto que precisamos trabalhar a comunicação e operacionalização dos trabalhos desenvolvidos pela Casa, trabalhar a capacitação dos voluntários, para que estejamos preparados para atender aos objetivos do Grupo Espírita Abrigo da Esperança, que são o acolhimento humanitário de todos aqueles que o procuram. Não temos intenção de fazer mudanças radicais, mas buscar a melhoria dos processos, dos cursos e das atividades, para melhor atender à demanda nas mais diversas áreas da Casa.
Qual, na sua visão, será o grande desafio a ser enfrentado?
Penso que nosso grande desafio será trabalhar em conjunto, mantendo a sintonia entre a Diretoria Administrativa, o Conselho Consultivo, os Departamentos e os grupos de trabalho, objetivando equilíbrio ante as divergências surgidas. Sabemos que não será possível atender aos anseios de todos e que surgirão divergências que poderão desagradar a alguns, mas que o resultado seja sempre em prol do bem da Casa e da coletividade. Um outro desafio, que espero poder contar com a ajuda de todos para vencermos, é o da comunicação. É uma área ainda ineficiente em nossa Casa. Sonho com o dia em que todos saberemos de tudo o que acontece em nossa instituição.
Há algo mais que gostaria de compartilhar com nossos leitores?
A Doutrina Espírita passa por um momento importante. Nosso planeta passa por um momento importante. São inúmeras as comunicações falando a respeito da transição planetária, todas nos alertam para a importância de nos mantermos unidos numa sintonia de amor. É um grande desafio, já que atualmente a pressa, aquela que sempre foi inimiga da perfeição, conduz nossos passos. Todos estamos correndo contra o tempo para conseguirmos trabalhar, cuidar da família, da casa, da roupa, da comida, do grupo social, da saúde, da forma física, do trabalho assistencial, da beleza, e por ai vai. No meio dessa correria toda precisamos parar para eleger nossas verdadeiras prioridades, porque fazer tudo e bem feito é humanamente impossível! Precisamos acalmar nosso coração para que o nosso “bom dia”, “boa noite”, “olá, como vai” e o nosso sorriso sejam verdadeiros. Precisamos fazer do GEAE um lar de amor, de acolhimento, de encontro com o eu. Um lugar onde a família Abrigo da Esperança se encontre para vibrar o amor. Para que tudo isso aconteça, o estudo é primordial. O estudo da Doutrina Espírita como ciência, filosofia e religião, o estudo de si mesmo, aprender a lidar com as próprias tendências e diferenças. Ouço algumas pessoas dizerem que as obras de Allan Kardec estão ultrapassadas e que é preciso mudança. Outros dizem que o pentateuco Kardequiano é uma leitura difícil ou “chata” e preferem romances ou livros “fantásticos” onde o mal sempre está à espreita. Penso que precisamos de amadurecimento e mais estudo a fim de encontrarmos no Evangelho de Jesus e nos livros básicos da codificação Kardequiana a fórmula para felicidade e a cura para todos os males. Resumindo, temos grandes desafios e muito trabalho a fazer. Conto com todos vocês!