EDITORIAL JANEIRO-2017
“[…] nosso serviço realiza-se conforme a renovação do Espírito e não mais sob a autoridade envelhecida da letra”(Romanos, 7:6)
Um novo ano se inicia e com ele surgem as promessas necessárias de mudanças. Renova-se o ânimo, contudo, com o passar dos dias e sob o imperativo dos afazeres e rotinas, os plano renovadores são adiados. Somos tragados pelos automatismos mentais, morais e comportamentais e, com isso perdemos as forças para dar continuidade no processo de mudança.
Diante disso, devemos nos perguntar sempre: sob quais paradigmas eu pauto a minha vida? As crenças e conceitos que regem minhas ações são, de fato, compatíveis com meus valores?
Para renovarmos o nosso espírito é fundamental reciclar os nossos livros mentais e emocionais, nos quais escrevemos com as letras envelhecidas as histórias que levam ao egoísmo, ao orgulho, ao preconceito e ao desamor.
A vida cristã pressupõe reescrever conceitos e se abrir a novos valores. O Cristo ensinou-nos a reescrever o conceito de Amor, dissociando-o das paixões sensualistas para a ordem mais sublime dos sentimentos, informando que o próprio Criador era Amor.
Modificou o conceito de perdão, pois o desvinculou de fraqueza e, pedagogicamente, associou-o ao estado de bem-estar, de saúde. Falou da angústia, contudo, convidando-nos ao retorno da fé em si mesmo. Esclareceu-nos que a renúncia não é um estado de anulação, mas sim, a caridade que leva a verdadeira fraternidade.
Enfim, o Cristo veio mudar paradigmas convidando-nos a alçar vôos mais altos. Para isso, o Mestre de Nazaré precisava desconstruir conceitos velhos e ensejar novos valores.
Temos assim, nesse novo ano que surge, a oportunidade de encenar uma nova história, da qual o roteiro foi escrito há mais de dois mil anos e cujo final é feliz. Feliz Ano Novo.